quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Anônimos



Escutei quando criança que nunca devemos falar com estranhos.
Porém, hoje em dia é o que mais fazemos.
Nosso pais são estranhos que não entendem nosso universo.
Nossos amigos são estranhos que tentamos de alguma forma dividir uma parte de nós mesmos.
Uma parte de nós mesmos que nem mesmo existe.
Não conseguimos juntar os pedaços para transformar em um todo.
Para a juventude atual uma palavra delimita seus relacionamentos: Fragmentação.
Não há esperança.
Não há esperança para os jovens.
Não há esperança para o mundo.
Tudo está se acabando.
A máquina criada pelo homem virou -se contra ele.
Todo mundo só olha para seu próprio universo.
Sendo que, este universo também não existe.
Dizem para seus filhos, netos, sobrinhos que devemos ser 'grandes' quando crescermos.
E, ser 'grande' virou sinônimo de ser bem sucedido,
de ter dinheiro.
E o tal dinheiro, comprou a felicidade dos santos,
subornou o reino de Deus e fez dos filhos do mesmo reflexo constante de uma sociedade que explora desde o pequenino até o maior.
Não importa mais o que você é,
e sim o que você tem.
No fim, só nos sobrou a fragmentação e a falta da identidade.
A prostituição de nossas mulheres, o genocídio pelo lucro.
O fim da infância.
O desespero que cresce cada dia mais pela falta de resposta para a pergunta:
Quem sou eu?